Parabéns Professores!

Hoje é Dia dos Professores. Parabéns a todos que têm essa tarefa primordial. E parabéns para todos aquele que me deram aulas. Sou grato a todos. Os bons por me ensinarem a ser uma pessoa melhor e os não tão bons, por me ensinarem como não dar aula. Coloco hoje parte de textos de Stephen Kanitz, um palestrante e colunista da Veja, que considero um dos caras mais inteligentes da atualidade. Nessa seleção Kanitz fala sobre professores, alunos e ensino.
Preste uma homenagem aos seus professores e leia.

“As aulas a que eu estava acostumado em toda a minha vida de estudante consistiam num bando de alunos ouvindo pacientemente um professor que dominava as nossas atenções pelo resto do dia. Naquele fatídico dia, eu não estava preparado quando todos viraram suas atenções para mim - e, pelo jeito, eu é que teria de dar a aula.
Esse sistema é conhecido por ensino centrado no aluno e não no professor. Tanto é que, minha grande frustração foi ter os melhores professores de administração do mundo, mas que ficavam na maioria das aulas, simplesmente calados.”

Leia na íntegra aqui.

“Ninguém estuda mais pelo amor ao estudo, mas pelas cenouras que colocamos na sua frente. Ou seja, as "notas" de fim de ano. Quando adultos, esses jovens continuarão no mesmo padrão. Só trabalharão pelo salário, não pela profissão.
Se o seu filho não quer estudar, não o force. Simplesmente corte a mesada e o obrigue a trabalhar. Ele logo descobrirá que só sabe ser menino de recados. Depois de dois anos no batente ele terá uma enorme vontade de estudar. Não para obter notas boas, mas para ter uma boa profissão.
Provas não provam nada, o desempenho futuro na vida é que é o teste final. Imaginem um sistema geral de auto-avaliação em que os alunos não mais estudariam para as provas, mas estudariam para ser úteis na vida.”
Leia na íntegra aqui.

Esse outro é do historiador André Caramuru Aubert, li na revista Trip de julho.
“Compare uma sala de cirurgia de séculos atrás com um centro cirúrgico atual. Você verá que as mudanças são gigantescas. Agora, faça a mesma comparação com uma sala de aula, e você perceberá que as mudanças são mínimas. Aqui os anciões lousa e giz ainda reinam. Essa imagem é usada por Seymour Papert na abertura do livro A Máquina das Crianças. A tese dele é que o ambiente educacional – que deveria ser um espaço de vanguarda, ousadia e criatividade – é na verdade um dos mais conservadores que existe.
(...)
Tecnologia é ferramenta. Se o professor for ruim, não vai ajudar muito. Assim como, num centro cirúrgico, os pacientes não serão salvos de médicos incompetentes, por mais tecnologia que exista ali. Mas, se o profissional for bom, a tecnologia pode fazer diferença. Se os professores trabalharem valorizados e felizes, tudo andará melhor. Então a tecnologia poderá ocupar o lugar que merece,ao lado (e não em vez) da lousa, do giz e dos livros.”

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